Conheça um pouco mais da história da cidade de VITORIA DA CONQUISTA no estado de Bahia (BA) a seguir. Compartilhe com seus amigos e parentes!
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O território onde hoje está localizado o município de Vitória da Conquista foi habitado pelos povos indígenas Mongoyó, Ymboré e Pataxó.
Os aldeamentos se espalhavam por uma extensa faixa, conhecida como Sertão da Ressaca*, que vai das margens do Rio Pardo até o Rio das Contas.
A vinda dos colonizadores portugueses e mestiços à região de Vitória da Conquista está ligada à exploração de metais preciosos, principalmente ouro, e à política de ocupação do território.
Um dos responsáveis pelo desbravamento do Sertão da Ressaca foi o bandeirante João Gonçalves da Costa, português nascido na cidade de Chaves, provavelmente em 1720.
Ele ficou conhecido como um conquistador violento e dizimador de aldeias indígenas.
João Gonçalves da Costa chegou ao território onde hoje está Vitória da Conquista depois do esgotamento das minas de ouro de Rio de Contas e das Gerais.
Ele procurava novos pontos de exploração mineral.
Embora não tenha encontrado ouro por aqui, ele acabou ocupando a região e fundando o Arraial da Conquista.
Há um elemento importante sobre João Gonçalves.
Segundo os registros históricos, ele era um ?preto forro?, ou seja, um ex-escravo.
A ascensão política de pessoas como João Gonçalves da Costa dava-se por meio de sua coragem e de sua fidelidade à Coroa Portuguesa.
A filiação ao terço Henrique Dias, espécie de irmandade, afirmou sua condição de livre.
Em troca, ele agia em nome de Deus e da Coroa, desbravando terras e garantindo a ocupação do território.
A ocupação do Sertão da Ressaca foi realizada às custas da derrota dos povos indígenas.
Em 1752, ocorreu a batalha que entrou para a história de Vitória da Conquista como uma das mais importantes.
Sabe-se que naquele ano, aconteceu uma fatídica luta entre os soldados de João Gonçalves da Costa e os índios.
Os soldados, já fatigados, buscavam forças para continuar o confronto.
Na madrugada posterior a uma dia intenso de luta, diante da fraqueza de seus homens, João Gonçalves teria prometido a Nossa Senhora das Vitórias construir uma igreja naquele local, caso saíssem dali vencedores.
Essa promessa foi um estimulante aos soldados que, revigorados, conseguiram cercar e aniquilar o grupo indígena que caiu, no alto da colina, onde foi erguida a antiga igreja, demolida em 1932.
Não se sabe ao certo se essa promessa foi realmente feita, mas essa história tem passado de geração em geração.
O enfrentamento se prolongou até o século XIX.
Além dos confrontos diretos, os portugueses utilizaram estratégias como o oferecimento de roupas infectadas com varíola aos índios e até um embriagamento coletivo.
A História nos relata que no período de 1803 e 1806, quando a luta foi intensa, foi realizado o ?Banquete da Morte?.
Os Mongoyó foram chamados a festejar uma suposta trégua e, depois de consumirem bebida alcoólica, foram cercados por soldados, que mataram quase todos os presentes, inclusive mulheres e crianças.
O povo Mongoyó sucumbiu.
No final do século XVIII, o Arraial da Conquista se resumia a uma igreja e algumas dezenas de casas.
Nesse tempo, ainda existiam matas densas com fauna e flora bastante ricas.
A paisagem começou a mudar com a chegada dos primeiros rebanhos bovinos.
As matas foram derrubadas para dar lugar aos pastos.
O Arraial virou passagem para o gado trazido pelos tropeiros de Minas Gerais que iam em direção ao litoral.
O próprio João Gonçalves da Costa, fundador do Arraial, tornou-se proprietário de gado.
A família Gonçalves da Costa foi a mais rica produtora de leite e carne da região durante mais de um século.
A cidade foi crescendo lentamente.
As primeiras ruas mantendo-se próximas ao leito do Rio Verruga.
Em 1780, havia cerca de 60 casas no Arraial.
Já em 1840, ano em que o Arraial foi elevado à condição de Vila Imperial da Vitória, distrito da Vila de Caetité, esse número já havia se multiplicado.
Além dos colonizadores e seus descendentes e dos negros, a Vila recebeu sertanejos e litorâneos.
Vitória da Consquista (BA).
Prefeitura.
2014.
Disponível em: http://www.
pmvc.
ba.
gov.
br.
Acesso em: jan.
2014.