Conheça um pouco mais da história da cidade de VARGINHA no estado de Minas Gerais (MG) a seguir. Compartilhe com seus amigos e parentes!
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Portugal somava 3 milhões de habitantes.
A economia girava em torno da agricultura e extração mineral, movidas à base de escravos.
Dentro desse contexto surge Espírito Santo das Catanduvas, um arraial no Sul de Minas com cerca de mil pessoas.
A criação do povoado é toda influenciada pela religiosidade e pelos costumes portugueses.
O trânsito de tropeiros no Sul de Minas era permanente.
Entretanto, o desenvolvimento do núcleo ainda era lento.
Em 1832, a população de Varginha era de exatos 1.
855 habitantes, um crescimento de 85%, tímido para duas décadas e meia.
A Igreja adquiriu as áreas no centro da futura cidade, que pertenciam ao casal DonaThereza Clara Rosa da Silva e capitão Francisco Alves da Silva.
Durante 43 anos Varginha foi um curato (aldeias com condições necessárias para se tornar o distrito de um município).
As principais obras que marcam esse período são as construções de igrejas (Matriz do Divino Espírito Santo e Rosário).
Em 1º de junho de 1850, o curato foi elevado à paróquia (ou freguesia, onde estão os fregueses da paróquia).
Varginha experimentaria, então, o primeiro surto desenvolvimentista.
Foram construídos os primeiros prédios públicos, como as duas primeiras escolas públicas e a cadeia.
O segundo boom desenvolvimentista da cidade advém do fim da escravatura.
Para substituir a mão-de-obra escrava, é firmado um acordo com a Itália, onde vários imigrantes deslocam-se de sua terra natal para o Brasil.
A passagem era paga pelo governo brasileiro, em troca de cinco anos de trabalho na lavoura.
Em 1888 a recém-criada cidade de Varginha recebeu a maior leva de imigrantes, 1.
020 no total.
Eram 806 italianos (toscanos, lombardos e venetos procedentes, em sua maioria, de campos e aldeias), mais portugueses, espanhóis, turcos e alemães.
Radicaram-se em Varginha, escrevendo uma das mais importantes páginas da história da cidade.
O principal impulso dos imigrantes ocorreu inicialmente na agricultura.
As duas culturas significativas eram a cana-de-açúcar e o café.
A pequena vila contava com 113 estabelecimentos de beneficiamento de café no começo do século XX.
Em 1933, a cidade contava com seis engenhos e uma produção de 2 mil toneladas de cana-de-açúcar.
O terceiro momento relevante do desenvolvimento de Varginha acontece com o início do funcionamento da linha férrea em Varginha, em 1892 (no mesmo local onde está o prédio atual da estação ferroviária).
A cidade recebia suas primeiras empresas e o movimento era intenso.
São dessa época duas obras básicas de infraestrutura: as primeiras obras de calçamento e a iluminação pública, de gás acetileno e postes de metal.
Com o aumento da população, surgem opções de lazer, na rua da Chapada (onde hoje fica o calçadão da Wenceslau Braz).
O Theatro Municipal é inaugurado em 1904; seis anos depois, no mesmo local, é aberto o Cinema Brasil, talvez o primeiro do sul de Minas Gerais.
Foi instalado pelo empreendedor capitão Pedro da Rocha Braga.
A máquina era gerada por motor a querosene e desligada durante algumas sessões pela quantidade de fumaça.
O cinema era itinerante, e o motor era levado em carro de boi a algumas cidades próximas.
Em 1913 a Empresa Telefônica Varginhense interligava 150 aparelhos na cidade.
Aos poucos o perfil da economia agrícola vai cedendo espaço, ainda de forma tímida, para a indústria.
Segundo os documentos que registram a história do município, o progresso de Varginha foi intensamente impulsionado após 1925, com a visita do presidente do Estado, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada.
Na ocasião, o presidente assumiu um empréstimo no valor de 2.
500 contos de réis, o equivalente a cem fazendas.
O empréstimo possibilitou a terraplenagem e reestruturação completa da cidade, com o asfaltamento das principais ruas, iniciando em definitivo o processo de urbanização.
Nesse período surgiram importantes instituições para Varginha: os colégios Marista e Santos Anjos; Banco do Brasil; Hospital Regional do Sul de Minas; e a Associação Comercial de Varginha.
Em 1929, a quebra da Bolsa de Nova Iorque acentua a crise do café no Brasil.
Nosso país fica atolado com uma produção de 21 milhões de sacas, bem maior do que a demanda.
O governo dos Estados Unidos desiste do empréstimo de 50 milhões de dólares para os cafeicultores brasileiros.
Apesar das dificuldades que sempre marcaram a cafeicultura, e mesmo neste momento particular, o café sempre foi considerado importante propulsor da economia local.
Com o tempo, a indústria cafeeira (beneficiamento e exportação) ultrapassou a produção (lavoura) na cidade.
Varginha começa a se expandir.
Novos bairros surgem.
O primeiro deles, a Vila Barcelona, formado em sua maioria por operários A cidade ainda se restringia ao ?miolo? do centro.
As casas terminavam na avenida Major Venâncio, no ?Areião? (Fátima), na Vila Barcelona e nas Três Bicas.
Bairros como Catanduvas, Jardim Andere, Bom Pastor ainda não existiam e eram considerados zona rural.
Começam a ser criadas regionais dos governos estadual e federal.
A era do ensino superior tem início em 1965, com a primeira escola de ensino superior - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras.
Nos anos seguintes são criadas a Faculdade de Direito de Varginha, Faculdade de Ciências Contábeis e de Administração, a Faculdade de Engenharia Mecânica e a Fepesmig, que se tornou, depois, Centro Universitário do Sul de Minas.
Mais recentemente, Unifenas e Unifal.
Na década de 70 inicia-se o processo de industrialização da cidade, notadamente durante as administrações dos prefeitos Eduardo Ottoni e Aloysio Ribeiro de Almeida.
Foi nessa época que se instalaram em Varginha centros de educação profissional do SESI, SENAI, SENAC e, mais tarde, SEBRAE.
Nas décadas seguintes, essas instituições garantiram a formação de mão-de-obra qualificada para cidades do Sul de Minas, o que ocorre até hoje.
A vocação agrícola de Varginha foi sendo substituída pela indústria e prestação de serviços.
O mesmo ocorreu com o café.
Hoje, os números da torrefação e da exportação do café são extremamente mais expressivos do que a lavoura do município.
Essa adaptação ao mercado e aos novos tempos permitiu à Varginha ser a segunda praça de comércio de café do mundo, só perdendo para Santos, no litoral de São Paulo.
MADEIRA, Marcus.
Prefeitura de Varginha (MG).
2015.
Disponível em: http://www.
varginha.
mg.
gov.
br/a-cidade/historia.
Acesso em: mar.
2015.