História da Cidade de PEIXE - TO

Foto da Cidade de PEIXE - TO

Conheça um pouco mais da história da cidade de PEIXE no estado de Tocantins (TO) a seguir. Compartilhe com seus amigos e parentes!

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Peixe Tocantins - TO Histórico Na região onde hoje é Peixe existia apenas um porto local, onde um lavrador possuía uma roça e uma pequena embarcação.

Esta era utilizada como meio de transporte pelos viajantes que vinham de Goiás com destino a Natividade, São José do Duro e Chapada dos Negros em busca das ricas jazidas de ouro.

Porém, eram atacados com muita freqüência pelos índios Canoeiros, que recebem este nome por serem exímios remadores.

Esses índios eram uma tribo nômade que vinham desde São José do Tocantins, hoje Niquelândia ao Descoberto da Piedade, hoje Porangatu - GO.

Iam a Peixe, Natividade, Comarca da Palma, á aldeia de São José do Duro e ao Arraial da Chegada do Carmo.

Autores afirmam que a denominação Canoeiros foi-lhes dada pelos garimpeiros portugueses quando entraram pelo rio Tocantins até o Maranhão, pois eram exímios remadores além de bons cavaleiros e inteligentes, porém, eram aguerridos, incendiários e terrivelmente sanguinários.

Na obra de Virgílio Martins de Melo Franco — ″Viagem a Comarca de Palmas″, tem — se a informação de que esses índios devido as perseguições dos comandos e invasores, odiavam os brancos e não aceitaram jamais o convívio com os civilizados da era setecentista.

O povo nativitano manda um rico presente ao príncipe regente Dom João VI na época do seu nascimento: uma pepita de ouro de 45 quilos no formato de uma criança do sexo masculino, encontrada nas minas de ouro do município de Natividade.

A rainha Dona Maria I, em agradecimento ao rico presente manda emissários seus com duas imagens: Nossa Senhora das Neves e são João Menino ao povo nativitano, além de informar que tal garimpo onde foi encontrada a pepita tivesse daí em diante o nome de Príncipe.

Porém, a comitiva ao passar pelo porto é cruelmente trucidada pelos índios canoeiros.

Ao saber da notícia a Rainha exige do Governo Geral da Província medidas severas.

Não só para punir os indígenas como para assegurar as caravanas que demandavam para os garimpos.

Uma outra versão seria de que nas imediações do porto local havia um posto de catequese dos abnegados jesuítas com a missão de aldeamento dos silvícolas da região e que haveria de ser encontrada em velhos escombros uma lendária riqueza editada no roteiro dos jesuítas, encontrado em ruínas de velhas casas do arraial das Itans, roteiro este que dizia: Na mais alta pedra do rio Santa Tereza, no lugar denominado itans está sepultado o maior tesouro dos Jesuítas.

Acredita-se que estas hipóteses sejam verdadeiras , sendo assim por qualquer dos motivos citados, por volta dos anos 1776 e 1780 temos a vinda do Alferes Ramos Jubé com 25 praças a seu comando, para garantir a passagem na travessia do rio Tocantins e procurar o tesouro.

Ao chegar neste local, para evitar os repetidos ataques incendiários dos índios, Ramos Jubé construiu um forte que seria a primeira moradia coberta de telha, onde residiu com seus comandados (onde hoje se ergue a residência do Sr.

Oscar José da Silva).

Esta foi construída de adobe e aroeira.

Como não existia prego naquela época, as vigas eram cravadas com talhos de aroeira.

Contam os mais velhos que ao ser demolida foi encontrado um vaso contendo jóias, moedas e utensílios de muito valor.

Dizem ainda, que tão grande achado enriqueceu o pedreiro que realizava a obra , ao concluí-la, mudou-se e se tornou um alto comerciante da região de Paraná.

Com a proteção do Alferes Ramos Jubé, à beira do porto foi se formando um povoado com a migração de famílias vindas do Carmo, Natividade, Paranã, Conceição do Norte, Porto Nacional, Caititê (BA) e Gilbués (PI).

Seus primeiros moradores: Francisco da Silva Montes e Joaquim Tavares (o primeiro passador do porto local) e seus filhos Teotônio e Raimundo Tavares de Brito, ambos auxiliaram o Alferes nas escaramuças aos índios.

Quanto ao tesouro dos Jesuítas, foram feitas várias investigações, mas ao que parece todas em vão.

Ramos Jubé iniciou também a construção da primeira casa de oração, onde hoje está a praça Getúlio Vargas.

Antes do termino desta igreja nela foi introduzida a imagem de Nossa Senhora D′Abadia, considerada uma das mais belas obra do santeiro goiano Veiga Vale.

Contam os mais velhos que a imagem da santa foi trazida num caixote de pinho e carregada aos ombros por Marcelino Gonçalves, descendente de escravos.

A viagem de Vila Boa até o povoado foi feita a pé e durou quinze dias, chegando em 10 de agosto de 1825.

Contam os velhos moradores que a devoção a esta Santa foi em cumprimento a uma promessa, feita para que os índios Canoeiros cessassem seus ataques ao arraial.

Após a chegada da referida imagem ao local, nunca mais eles voltaram a atacar.

Os anos se passaram e o Alferes Ramos Jubé acabou falecendo acometido pelo ompaladismo sem que tivesse tempo de trazer sua família que morava em Vila Boa de Goiás para morar no arraial, que por algum tempo chamou-se Santa Cruz das Itans.

O arraial de Santa Cruz das Itans prosperou, os tempos passaram e veio uma grande enchente que mudou para sempre a rotina dos moradores deste pequeno local.

Devido a grande enchente ocorrida na região, o rio Tocantins despejou suas águas nas vazantes, indo atingir uma grande lagoa situada a dois quilômetros do povoado.

Quando as águas baixaram um peixe de tamanho colossal ficou preso no saranãs da lagoa, onde morreu quando o rio Tocantins voltou ao seu leito natural e a lagoa tornou-se rasa.

Dizem ainda, que o peixe era tão grande que quatro mulheres batiam roupas para lavar em sua cabeça.

Uma caravana que vinha de Vila Boa de Goiás com destino a Natividade encontrou o dito peixe, depois deste ocorrido, os viajantes diziam, ″vamos passar pelo rio onde foi encontrado o peixe″.

Mas com o passar do tempo foram abreviando a frase até dizerem apenas: ″passaremos em peixe″.

E assim ficou batizado nosso município.

Não só ele leva este nome, mas também o córrego pelo qual subiu o enorme peixe e a lagoa onde foi encontrado.

Ambos ficaram conhecidos por córrego do peixinho e lagoa do peixe.

Anos depois deram a chamar o local de ″Vila do Espírito Santo de Peixe″, após a promulgação da Lei nº 013, de 31 de junho de 1846, onde o arraial é elevado à categoria de município de Palmas (hoje Paraná).

Em 20 de junho de 1895 a vila é elevada à categoria de cidade graças ao trabalho de diversos líderes, dentre eles destacam-se: Elizeu Augusto Canguçu, Antônio José de Almeida, Pedro Pinheiro de Queiroz, o Senador Domingos Teodoro juntamente com o Deputado Cândido Teodoro, estes eram os representantes desta região frente ao governo da época.

Na divisão territorial de 31 de dezembro de 1936, Peixe aparece com o nome de município de Santa Terezinha, sob a jurisdição da Comarca de Porto Nacional, porém este nome não foi aceito pela comunidade.

No quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual nº 557 de 03demarço de 1938, nosso município aparece novamente com o nome de Peixe.

Formação Administrativa Distrito criado com a denominação de Peixe, pela Lei Provincial nº 13, de 30-06-1846, subordinado ao município de Palma.

Elevado á categoria de vila com a denominação de Peixe, pela Lei Estadual nº 64, de 20-06-1895, desmembrado do município de Palma.

Sede na antiga vila de Peixe.

Constituída do distrito sede, instalada em 24-11-1897.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município se denomina Santa Terezinha e aparece constituído de 2 distritos: Santa Terezinha e Santa União.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 557, de 30-03-1938, o município de Santa Terezinha voltou a denominar-se Peixe e o distrito de Santa União a chamar-se simplesmente União.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1233, de 31-10-1938, é extinto o distrito de União (ex-Santa União), sendo seu território anexado ao distrito sede do município de Peixe (ex-Santa Terezinha).

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.

Pela Lei Municipal nº 1, de 26-05-1956, é criado o distrito de Araguaçu (ex-povoado), subordinado ao município de Peixe.

Pela Lei Estadual nº 2135, de 14-11-1958, desmembra do município de Peixe o distrito de Araguaçu.

Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31-XII-1963.

Pela Lei Municipal nº 33, de 23-08-1965, é criado o distrito de Figueirópolis e anexado ao município de Peixe.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 2 distritos: Peixe e Figueirópolis.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-I-1979 Pela Lei Estadual nº 8848, de 10-06-1980, desmembra do município de Peixe o distrito Figueirópolis.

Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alterações toponímicas municipais Peixe para Santa Terezinha, alterado em 1936 e 1937.

Santa Terezinha para Peixe, alterado pelo Decreto-Lei Estadual nº 557, de 30-03-1938.

Fonte

www.

cnm.

org.

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